A Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP-16) é um evento organizado pelas Nações Unidas para discutir os fenômenos climáticos globais e o que as grandes potências e os países emergentes podem fazer para minimizar os danos. E no último dia 02, durante a COP-16 em Cancún, no México, a Google anunciou uma ferramenta que pode ajudar no controle efetivo do rastreamento dos fenômenos climáticos e das políticas de preservação ambiental.
É o Google Earth Engine, um sistema de buscas e monitoramento que reúne mapas de grandes áreas florestais e de preservação, e conta com uma grande base de dados de mapas registrados por satélites de até 25 anos atrás; essas imagens serão usadas para análise em comparação com os mapas atuais. Pode servir também para avaliar o impacto de queimadas e cálculo de índices de desmatamento em áreas que seriam inacessíveis ou muito trabalhosas para pesquisas regulares em terra.
O Google Earth Engine trabalha com o auxílio de satélites dos Estados Unidos e da França; as imagens captadas são enviadas para centrais compartilhadas de processamento onde são analisadas em conjunto graças ao uso da computação em nuvem. Com isso, cientistas conseguirão acessar dados remotamente com muito mais facilidade, e em um período de tempo significativamente menor. “O que é legal sobre o ambiente de computação em nuvem é que tanto países doadores como em desenvolvimento têm agora as mesmas ferramentas e os mesmos dados para analisar evidências sobre a eficácia de projetos de proteção”, disse Rebecca Moore, gerente de Engenharia do Google Earth Engine, que foi quem fez o anúncio oficial da ferramenta.
Somente algumas funcionalidades estarão disponíveis, as demais serão usadas por governantes, cientistas e pesquisadores, e empresas que queiram usar o serviço comercialmente para explorar o mercado recém formado de créditos de carbono. O objetivo da COP-16 é chegar a um acordo que faça com que as emissões de gases do efeito estufa diminuam, obedecendo assim aos ditames do Protocolo de Kyoto, único instrumento de coesão entre os países participantes da COP-16 (que começou no dia 29/11 vai até o dia 10/12). A google.org, ramificação de natureza filantrópica da Google, ofereceu 10 milhões de horas de acesso gratuito a todas as funcionalidades do Google Earth Engine para países em desenvolvimento pelos próximos dois anos.
Fontes: [Estadão / O Globo Digital / Olhar Digital / Portal Imprensa]
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